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Gasolinas BR


1- Como são obtidas as gasolinas?
A gasolina é um combustível obtido do refino do petróleo e composto, basicamente, por uma mistura de hidrocarbonetos (compostos orgânicos que contêm átomos de carbono e hidrogênio). Os processos de refino utilizados na produção da gasolina compreendem várias etapas. De um modo geral, o processo começa com uma simples separação física, denominada destilação. Da destilação aproveita-se a nafta para a produção da gasolina. Dessa mesma destilação obtêm-se várias parcelas, uma delas denominada gasóleo. O gasóleo passa por processo complexo, que modifica a estrutura das moléculas, chamado craqueamento catalítico. Deste processo é obtida uma outra nafta chamada nafta de craqueamento que pode ser adicionada à nafta de destilação para a produção de gasolina.

Para a produção da gasolina Premium são utilizados processos ainda mais sofisticados que fornecem correntes de elevada octanagem, como a alquilação e a reforma catalítica. O tempo para produção de uma gasolina varia muito dependendo do tipo de petróleo, do(s) processo(s) utilizado(s), da quantidade que se precisa produzir e do tipo de gasolina (comum ou premium). Este tempo pode levar de algumas horas até mesmo 1 semana. Além da octanagem, outros fatores devem ser considerados para a produção de uma gasolina de qualidade elevada, como, por exemplo, a sua volatilidade, a sua estabilidade e a sua corrosividade, de forma a garantir o funcionamento adequado dos motores.


2- Qual é a cor original das gasolinas?
As gasolinas - variam de incolor a amareladas - com exceção da gasolina Podium, que era incolor, mas por causa da adição do corante laranja no álcool anidro confere agora uma cor levemente alaranjada. Isto acontece em função da composição química e dos diversos processos de refino.


3- Quais as gasolinas comercializadas no Brasil, suas características e diferenças?
Existem 4 tipos de gasolina automotiva comercializadas no Brasil: Comum, Comum Aditivada, Premium e Podium. Todas recebem, por força de lei federal, a adição de álcool anidro, cujo percentual, hoje, é de 20%.


4- A gasolina tem chumbo?
Não. O Brasil, em 1989, foi um dos primeiros países a retirarem o chumbo de suas gasolinas automotivas. O chumbo era utilizado para aumentar a octanagem do combustível, mas, por questões ambientais, foi eliminado. O chumbo somente é utilizado na gasolina de aviação, sendo seu uso prejudicial aos carros modernos, equipados com catalisadores e sonda-lâmbda.
O composto chumbo tetraetila (CTE) foi durante muitos anos incorporado à gasolina de vários países para aumentar a sua octanagem. Com o crescimento da preocupação com o meio ambiente, estes compostos foram suprimidos da composição da gasolina principalmente por serem tóxicos para o ser humano, mas também por inviabilizar a adoção de catalisadores de veículos.


5 - O que é octanagem?
É a resistência que a gasolina tem a auto-ignição (detonação), o que pode levar à detonação localizada, causando perda de potência e sérios danos ao motor, dependendo de sua intensidade e persistência. A detonação é mais conhecida como batida de pino, que é igual a um barulho metálico. Um combustível com maior octanagem tem melhor poder de combustão e resiste a altas pressões no interior dos cilindros, sem sofrer detonação. Os projetistas de motores levam em conta a octanagem do combustível utilizado para determinar a taxa de compressão, curvas de avanço de ignição e tempo de injeção.


6- O que são os métodos conhecidos como octanagem RON, MON e IAD?
Esses métodos determinam a octanagem da gasolina. O método MON (Motor Octane Number), avalia a resistência do combustível à detonação quando está sendo queimado em condições de funcionamento mais existentes e em rotações mais elevadas, como acontece nas subidas de ladeira com marcha reduzida e velocidade alta e nas ultrapassagens (quando a aceleração é aumentada mesmo já estando o carro em alta velocidade). O RON (Research Octane Number), avalia a resistência da gasolina à detonação sob condições suaves de trabalho e a uma rotação menor do que aquela avaliada pela octanagem MON, como ocorre, ao "arrancarmos" o veículo no sinal.

IAD (Índice Antidetonante) é a média dos anteriores. IAD = (MON + RON)/2

Deve ser levado em consideração ao se comparar à resistência à detonação de duas ou mais gasolinas, o que somente deve ser feito se for considerado a mesma característica de desempenho, ou seja: suas octanagens MON, ou RON ou Índice Antidetonante.


7- Uma gasolina com maior octanagem pode ser mais econômica?
Sim, nos carros que requerem este tipo de gasolina. Não utilizá-la irá aumentar o consumo, reduzir a potência disponível e pode causar danos ao motor do veículo.


8- O metanol é utilizado na gasolina?
Não. Por ser extremamente tóxico, o metanol não é utilizado como combustível no Brasil. Foi utilizado durante uma época em substituição temporária ao álcool, em virtude de uma grande falta deste produto que se fez no mercado.


9- Qual o teor de álcool usado na gasolina e o porquê de seu uso?
A adição de álcool é obrigatória devido à lei federal. Atualmente está em vigor a Resolução nº. 35 da ANP, de 22/02/06, determinando que o percentual de mistura de álcool anidro nas gasolinas passe a ser, a partir do dia 1º de março de 2006, de 20%. Esta Resolução se aplica a todas as gasolinas (Gasolina Comum, Gasolina Supra, Gasolina Petrobras Podium e Gasolina Premium).


10- Qual o teor de água no álcool?
O álcool etílico hidratado combustível (AEHC), utilizado nos carros a álcool, como o próprio nome diz é hidratado, ou seja, possui água. Esse teor de água é, em média, de 7%. Este álcool não é utilizado na gasolina. No caso da gasolina é utilizado o álcool etílico anidro combustível (AEAC), isento de água.


11- Se eu usar 50% de gasolina e 50% de álcool no mesmo tanque qual seria a conseqüência dessa mistura?
Os veículos à gasolina comercializados no Brasil, são regulados para funcionar com uma mistura de 75% de gasolina e 20% de álcool. A mistura de 50% de gasolina e 50% de álcool traria problemas para o funcionamento do motor, em especial perda de potência e rendimento, aumento do consumo de combustível e de emissões poluentes.


12- Gostaria de saber qual a diferença da Gasolina Tipo A e a gasolina Tipo C?
A gasolina tipo A é a gasolina sem álcool, ou seja, conforme ela é produzida nas refinarias ou petroquímicas. Aqui no Brasil, por lei, é obrigatória a adição de álcool, gerando-se assim a gasolina C, que é vendida nos postos.


13- Qual a diferença entre gasolina comum e a gasolina aditivada?
A única diferença é o aditivo. A octanagem é a mesma. Não influencia a potência do carro.


14- Por que a gasolina aditivada possui diferentes cores?
As gasolinas aditivadas recebem a adição de um corante para diferenciá-la da gasolina comum. Cada companhia distribuidora adiciona o corante da cor que desejar. As únicas cores que não podem ser utilizadas são o azul, utilizado na gasolina de aviação, e o rosado, utilizado na mistura MEG (metanol/etanol/gasolina - usada quando existe falta de álcool hidratado nos postos). No caso da Petrobras o corante utilizado na gasolina aditivada (Gasolina BR Supra) é o verde.

15 - Para que serve a gasolina aditivada?
A finalidade da gasolina aditivada é limpar e manter limpo todas as partes em contato com o combustível (bicos injetores, válvulas, câmera, cabeçote e carburador).

16- Se estiver usando a gasolina comum há muito tempo (dois anos), posso usar a gasolina aditivada?
Sim. Mas primeiro é bom efetuar uma limpeza no sistema ou usando gradativamente de forma a promover uma limpeza suave.


17- Existe algum problema se estiver utilizando gasolina aditivada e misturar com gasolina comum?
Essas gasolinas podem ser misturadas. O único problema nessa mistura é que haverá uma diluição do aditivo existente na gasolina aditivada causando uma redução do poder de limpeza do sistema de alimentação do veículo. Dependendo da quantidade de gasolina comum que for adicionada a gasolina aditivada o pacote de aditivos pode até perder o seu efeito.


18- Se usar gasolina Premium, meu carro ficará mais potente?
A gasolina não dá mais potência. A potência de um carro já foi definida no projeto do motor (fabricante). O desempenho vai depender da gasolina. O manual do proprietário informa qual a gasolina deve ser usada.


19- Qual a diferença entre a gasolina aditivada e a gasolina premium?
A diferença está na octanagem. A Premium tem 91 octanas IAD (Índice Auto Detonante), enquanto a comum e a aditivada têm 87 octanas



20- Como é a gasolina da F-1?
A gasolina da F-1 é especialmente desenvolvida para competição. Não é a mesma gasolina comercializada nos postos.


21-O que é gasolina batizada?
Gasolina batizada é o mesmo que gasolina adulterada, ou seja, quando alguém adiciona solvente ou outros compostos à gasolina de modo a se obter um produto mais barato, porém com qualidade inferior à exigida pela especificação do produto. É bom lembrar que o uso de gasolina adulterada, ou "batizada", pode causar danos aos motores dos veículos.


22- Sabemos que alguns postos não são fiéis aos consumidores e misturam à gasolina uma quantidade de álcool maior que a permitida. A Petrobras fiscaliza isso?
A Petrobras não possui o poder de fiscalizar e/ou multar postos. Isso é atribuição da ANP - Agência Nacional de Petróleo. Para auxiliar os consumidores, a Petrobras possui um programa chamado "PROGRAMA DE OLHO NO COMBUSTÍVEL". Este programa consiste no uso de laboratórios móveis que visitam os Postos Petrobras (somente os postos Petrobras) e realizam análises nos combustíveis comercializados para verificar a qualidade dos mesmos. Além disso, o laboratório verifica as condições de limpeza, arrumação, armazenagem de produtos e atendimento. Caso o posto esteja de acordo em todos os itens verificados, ele recebe um certificado para que o cliente saiba disso. Este certificado pode ser facilmente visto nos postos. Ele possui a forma triangular e é geralmente fixado na cobertura do posto. Caso o nosso laboratório encontre alguma anormalidade, a mesma é comunicada ao dono do posto para que seja resolvida. Caso isso não seja feito, nós entramos em contato com a ANP para que eles fiscalizem e, caso necessário, multem o posto.


23- Quais os produtos mais utilizados para adulterar a gasolina? (Esta resposta é para pessoas questionando sobre adulteração dos combustíveis)
Em geral, os produtos utilizados na adulteração da gasolina são o álcool e solventes. Como solventes, há diversos tipos de produtos como aguarrás e solvente para borracha (SPB). O SPB, também conhecido como benzina industrial, é citado informalmente como um dos mais empregados para uso fraudulento em gasolina, depois do álcool.



24- É comercializado no Brasil algum produto que elimine a água da gasolina?
A gasolina não possui água na sua composição. Devido ao percentual de álcool na gasolina, se estiver presente em alto teor, a água se separa da gasolina, inclusive extraindo o álcool.



25- Qual o peso de 1 litro de gasolina, diesel ou álcool?
A relação entre peso e volume é chamada de densidade. Se o peso for expresso em gramas (g) e o volume em litros (L), a densidade será expressa em g/l. Como a densidade dos líquidos varia com a temperatura, é importante que esta propriedade seja fixada. Geralmente no Brasil assume-se como referência, a temperatura de 20º C.

O álcool anidro é uma substância pura e sua densidade é 790 g/l, ou seja, 1 litro pesa 790 gramas. O álcool hidratado é uma mistura de 2 substâncias puras (álcool anidro e água), sendo a sua densidade especificada pela ANP de 808 a 811 g/l. A gasolina e o diesel são misturas de várias substâncias, de forma que o peso de 1 litro dependerá de quais são estas substâncias e em que teores estão presentes.

Em geral, a gasolina sem álcool (gasolina A) apresenta densidade variando de 700 a 770 g/l (esta faixa inclui tanto gasolina comum como a premium). No Brasil adiciona-se álcool anidro à gasolina A (gerando a gasolina C). Devido a isto, a densidade da gasolina encontrada nos postos brasileiros irá variar de 718 a 775 g/l. Os aditivos para gasolina geralmente têm um impacto muito pequeno na densidade e podem ser desprezados. Em outras palavras, a densidade do combustível aditivado pode ser considerada igual ao do comum. Já o diesel apresenta faixa de densidade diferentes para o óleo diesel metropolitano e interior. Enquanto que o metropolitano apresenta densidade variando de 820 a 865 g/l, o diesel interior varia de 820 a 880 g/l.





Fonte: Portal BR - Petrobrás
Data: 22/11/2007


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